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Aplicativo remunera catadores por reciclagem de embalagens longa vida

Um programa inédito voltado para catadoras e catadores autônomos e cooperativas da cidade de São Paulo está proporcionando remuneração extra para reciclagem de embalagens longa vida, material de difícil reaproveitamento e com poucos compradores. O projeto do aplicativo Cataki em parceria com a fabricante global Tetra Pak teve início em abril e já deu um novo destino a 23,2 toneladas de embalagens na capital paulista.

Na fase piloto do programa, 77 catadores foram contemplados pelo sistema de bonificação, uma espécie de subsídio que aumenta o valor do material e, consequentemente, a renda do profissional da reciclagem. No app, o catador participante do programa Cataki+LongaVida recebe uma transferência bancária no valor de R$ 0,25 por quilo de embalagem coletada nos pontos parceiros do projeto.

Pelo trabalho de consolidação, inclusão e acolhimento dos catadores, as cooperativas recebem um bônus idêntico pelo serviço no sistema produtivo proposto.

Diferente do papelão e do alumínio, que têm venda certa, a caixa longa vida é composta por papel, plástico e alumínio prensados em camadas, o que torna a reciclagem mais difícil: para que a reutilização seja feita da forma correta, é necessário separar essas camadas utilizando um processo para cada uma delas. Por isso, é mais raro os comércios comprarem esse tipo de material.

“Hoje o catador não recolhe porque não sabe onde repassa e se as pessoas e comércios compram” comenta Elismaura Pereira, catadora autônoma que atua em São Paulo, sobre a dificuldade de encontrar compradores e obter um preço condizente pela venda do material.

Percebendo que essa era uma dúvida comum entre os profissionais, os responsáveis pelo Cataki decidiram incluir locais que compram as embalagens e indicar parceiros para a comercialização, bem como instruções importantes para a rede funcionar.

O que fazer com embalagens longa vida?

Após o consumo, separe os materiais recicláveis do lixo orgânico e rejeitos e encaminhe para a coleta seletiva. Se não houver coleta seletiva na sua região, higienize, compacte, guarde as caixinhas e encontre um ponto de coleta mais próximo pela Rota da Reciclagem. (Por Lígia Nogueira, colaboração para Ecoa, em São Paulo)

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