Reprodução

Negócios da economia circular podem representar US$ 700 bilhões na indústria de moda até 2030

Modelos de negócio baseados na economia circular têm potencial para ocupar 23% da indústria global da moda, representando um mercado equivalente a US$ 700 milhões até 2030. É o que aponta um estudo desenvolvido pela Fundação Ellen MacArthur.

A economia circular é um conceito que busca integrar de forma inteligente processos, materiais e produtos, com o objetivo de gerar renda e proteger o meio ambiente. O modelo é baseado em pilares como a diminuição da poluição e do desperdício, circulação de materiais e produtos e regeneração da natureza.

A economia circular, diferentemente da linear, busca reinserir itens que seriam descartados no ciclo mercadológico. Para isso, os negócios que seguem esses preceitos desenvolvem práticas como revenda (seja através de brechós ou dos próprios fabricantes), aluguel (entre amigos ou facilitado por empresas) e reparo de itens que podem voltar a ser utilizados. Quando isso não é mais possível, ainda há a refabricação, ou seja, a utilização do material para construir outro produto.

O relatório desenvolvido pela fundação aponta que seguir modelos baseados na economia circular é bom não apenas para o meio ambiente, mas também para os negócios. Ao segui práticas com o intuito de preservar e reutilizar itens já existentes, os empreendedores valorizam e economizam o tempo e os recursos que foram necessários para a sua produção.

Pensando em estimular o crescimento desses negócios em todo o mundo, a fundação elencou quatro ações que podem ajudar empreendimentos a fazer parte da economia circular:

1. Repensar os indicadores de desempenho, incentivos e experiência do cliente

A ideia de sucesso é diferente entre os negócios da economia linear e circular. Para os primeiros, um bom desempenho é medido pelo maior número de produtos produzidos e vendidos, enquanto para os segundos o objetivo é aumentar o ciclo de uso dos produtos.

2. Desenvolver produtos que podem ser usados mais vezes e por mais tempo

Negócios que fazem parte da economia circular cultivam práticas alinhadas ao meio ambiente, como produzir produtos que possam ser refeitos ou reciclados no final de suas vidas úteis.

3. Cocriar redes de abastecimento capazes de circular produtos localmente e globalmente

Fomentar uma economia mais condizente com a preservação da vida no planeta, aponta o relatório, é uma missão conjunta. Por isso, é importante criar redes de colaboração globais, a partir do uso de tecnologias que facilitem a comunicação e interação entre diferentes negócios.

4. Dar escala a uma variedade maior de modelos de negócios circulares

Também é aconselhável que os negócios que fazem parte da economia circular busquem incentivar e fortalecer o crescimento de outros empreendimento neste nicho, já que isso fortalece esse mercado de um modo geral.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios – Esta matéria faz parte da iniciativa #UmSóPlaneta, união de 19 marcas da Editora Globo, Edições Globo Condé Nast e CBN. Conheça o projeto aqui.

Compartilhe!