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80 milhões de toneladas de resíduos são produzidos no país a cada ano

Cada brasileiro gera, em média, quase 1 quilo de lixo por dia… Em um ano são 343 quilos. Juntando todo o país, são 80 milhões de toneladas de resíduos produzidos a cada ano. Mas segundo um levantamento feito pelo Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana, – Selurb – o lixo gerado por pessoa é menor nas cidades que cobram pelos serviços de coleta, tratamento e descarte de resíduos.

A pesquisa fala em redução média de 8% no volume de lixo gerado por pessoa. Marcio Matheus, presidente do Selurb, diz que ao pagarem, as pessoas ficam mais conscientes.

A pesquisa analisou 3.712 municípios. Em menos da metade havia a cobrança específica para a manutenção de resíduos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê a cobrança de valores diferenciados para quem gera resíduos e diferencia as pessoas que recuperam resíduos. São os poluidores-pagadores e os protetores-recebedores, que devem ser remunerados para ajudar a dar um destino a tudo o que é descartado pelos poluidores.

Entre os protetores entram catadores de materiais recicláveis, mas também sucateiros, ferros-velhos, estabelecimentos agrícolas e uma gama de atores que veem como recursos o que ainda chamamos de lixo.

Só que na prática, essas pessoas ficam de fora já que na imensa maioria dos casos, o lixo é simplesmente recolhido e descartado pelos serviços de limpeza urbana. O resultado é que, em média, 60% do resíduo coletado no Brasil vão parar em aterros sanitários e os outros 40% vão para lixões.

Para o urbanista e consultor técnico na área de gestão de resíduos, Tarcísio Pinto, não adianta cobrar mais taxas e manter os a remuneração dos prestadores de serviços pelo volume de lixo recolhido ao invés de avançar para o uso sustentável desses recursos.

Apesar de ainda considerados um avanço no Brasil, em muitos países os aterros estão sendo desativados por serem grandes emissores de gases que contribuem para o aquecimento global. Na Alemanha, por exemplo, menos de 1% do lixo produzido no país vai parar em aterros sanitários. (Fonte: Agência Brasil)

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