Defensoria Pública/Cuiabá

Mais de 300 catadores de recicláveis receberão salário por dois anos em Cuiabá

Mais de 300 catadores de materiais recicláveis de Cuiabá receberão um salário mínimo, durante dois anos, através de um projeto aprovado pela Câmara de Vereadores de Cuiabá nesta terça-feira (7). A proposta indenizará catadores que perderam a fonte de renda com o encerramento do Lixão da capital.

Conforme o projeto, o objetivo é garantir uma renda mínima de subsistência aos trabalhadores. O valor será pago a partir de 30 de março.

Defensora Pública e coordenadora do Grupo de Atuação Estratégica em Direitos Individuais e Coletivos em Defesa dos Catadores de Recicláveis (Gaedic/Catadores), Carolina Weitkiewic, disse que a indenização garante ainda a abertura do Aterro Sanitário Eco Parque Pantanal.

Além da indenização, um comitê composto por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), do Executivo, do Legislativo Municipal e dos catadores, propuseram a capacitação dos trabalhadores e a criação de associações para que possam trabalhar no Centro de Triagem do Aterro, quando o local estiver pronto.

A proposta foi aprovada em regime de urgência por 23 dos 25 vereadores.

O antigo lixão de Cuiabá está sendo desativado. Os catadores começaram a trabalhar na cooperativa no novo lixão. O fechamento do aterro atende ao novo marco legal de saneamento básico, que emitiu normas de referência para o fechamento dos mais de três mil lixões e aterros irregulares no país.

A prefeitura de Cuiabá tem um cronograma para desativar totalmente o lixão até dia 31 de março deste ano. A partir de abril, todo o resíduo irá para o novo aterro que fica na região do Pedra 90.

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