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Chuva, lixo e falta de consciência ambiental: Clarice Lispector tinha razão

Clarice Lispector disse que “o óbvio é a verdade mais difícil de se enxergar”. E ela tinha razão.

Ontem (14) choveu forte em Londrina (onde fica a sede da MAPA.SA), tempestade mesmo, com ventania, carros danificados e árvores caídas. Mas outro fato fica evidente nestas ocasiões: junto com chuva, vem o lixo. Resíduos que facilmente poderiam ter sido destinados à reciclagem, gerando trabalho e renda; resíduos orgânicos que poderiam ser coletados diariamente em toda a cidade; e resíduos inservíveis que devem ser levados aos PEV’s (Pontos de Entrega Voluntária).

Tudo isso é arrastado pela chuva e acaba dentro de bueiros, rios e mares. E o que não chega a esses destinos fica pelo caminho, emporcalhando ruas, calçadas e canteiros. Pior: sabemos que isso ocorre praticamente em todas as cidades brasileiras.

Até quando a população vai agir sem consciência ao descartar seus próprios resíduos? Até quando as pessoas ficarão em suas zonas de conforto, terceirizando para os catadores e o poder público a limpeza do lixo que eles jogam em qualquer lugar? Até quando vão usar todo tipo de plástico sem buscar novas alternativas para eliminá-lo do dia a dia?

Não custa lembrar que neste ano “O Dia de Sobrecarga da Terra” (Earth Overshoot Day) foi atingido no último 29 de julho. A data foi criada como forma de alertar para o esgotamento dos recursos naturais. Hoje, a humanidade consome 74% a mais do que os ecossistemas globais podem regenerar. Mesmo assim, as pessoas parecem ignorar a urgência de mudar os velhos hábitos e adotar posturas que ajudem a salvar o planeta.

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