Apresentar um panorama da aplicação dos critérios ESG com indicação de ferramentas e métricas para orientar a autoavaliação das micro e pequenas empresas. Esse é o objetivo da publicação produzida pela Gerência de Sustentabilidade da Firjan e lançada há uma semana.
A sigla em inglês ESG – Environment, Social and Governance – se refere a três eixos de sustentabilidade corporativa: o meio ambiente, com aspectos ligados à gestão de recursos naturais e mudanças climáticas; o social, sobre direitos humanos universais, incluindo as relações com trabalhadores, fornecedores e comunidade; e governança, que inclui compliance, controles internos e gestão de riscos.
Para Luiz Césio Caetano, presidente em exercício da federação, a publicação intitulada “Critérios e Métricas ESG para a Indústria” vem ao encontro de uma exigência da sociedade. “As organizações estão assumindo responsabilidade social e, com isso, vêm promovendo uma revolução cívica. É uma exigência da sociedade, em um movimento que começou pelas grandes companhias. O desafio maior é que a pequena e a média entendam como funcionam esses conceitos e os incorporem aos seus negócios”, ressalta o executivo.
O conteúdo indica como a indústria deve assumir compromissos, garantias e envolvimento nas questões ESG. “Algumas empresas já cuidam de questões ambientais, até por exigência das legislações, mas mostramos que é possível ir além. O material é útil a todas; parte delas, inclusive, talvez já tenha ações ESG, porém não de forma organizada. A publicação disponibiliza um conteúdo para que as empresas possam se avaliar e adotar os critérios”, argumenta Marco Saltini, coordenador do Grupo de Trabalho ESG da Firjan e diretor de Relações Governamentais e Institucionais da VW Caminhões e Ônibus.
A publicação é o desfecho de um trabalho organizado pela federação, que começou em novembro de 2020, com um grupo de 12 empresas para compartilhar experiências em ESG. Foram realizados sete webnários no Aquário Casa Firjan. Depois, foram mapeadas as melhores práticas e tendências ESG, através de uma pesquisa que ouviu 64 empresas e reuniu um amplo material.
“Esse trabalho feito pela Firjan é fundamental, abrangendo como introduzir o tema ao negócio e como medir e avaliar a evolução dessa implementação. A empresa do futuro não é só inovação, mas também deve ser socialmente responsável e preocupada com o bem-estar da sociedade”, resume Caetano.
A publicação está disponível gratuitamente em www.firjan.com.br/esg.