Esta alta no primeiro semestre do ano significou uma produção de 1.070 mil toneladas e um consumo de 1.041 toneladas, tendo PEBD (polietileno de baixa densidade) e PEBDL (polietileno linear de baixa densidade) com 77% de participação no total; PP (polipropileno) com 16% de participação, e PEAD (polietileno de alta densidade) com 7%.
“Se considerarmos a produção em unidades e não toneladas, vemos que esta alta é bem superior. Infelizmente ainda não conseguimos utilizar esta métrica para computar o volume de produção do setor de embalagens flexíveis. Mas ela certamente daria uma visão mais apurada e importante porque reflete os esforços do setor rumo à economia circular. Nos últimos dez anos, a indústria de flexíveis avançou muito neste sentido, promovendo, entre outras coisas, a redução do peso das embalagens, a diminuição do head space e a melhor adequação dos tamanhos. Estamos produzindo embalagens mais leves”, declara Rogério Mani, presidente da ABIEF.
Outro ponto a destacar nesta busca pelo aumento da reciclagem e da circularidade das embalagens flexíveis, evidenciado pelo estudo da Maxiquim, é que as embalagens monocamada predominam, com uma participação de 56% no total produzido.
Em média, 80% dos filmes produzidos no Brasil se destinam à produção de embalagens, tendo a indústria de alimentos como o principal cliente, com um market share de 41%. O segundo maior mercado para filmes são embalagens para o varejo (17%), seguidos por agropecuária (13%) e bebidas (12%). As exportações de embalagens plásticas flexíveis brasileiras também tiveram um desempenho positivo nos primeiros seis meses de 2023, com uma alta de 3,8% em comparação ao último semestre de 2022.
“Estamos otimistas em relação ao fechamento do ano. Especialmente quando consideramos a produção industrial que, em junho, reverteu uma queda que ocorria mês a mês desde dezembro de 2022”, pondera o presidente da ABIEF, que destaca ainda que pesa neste otimismo o fato da indústria de embalagens plásticas flexíveis representar cerca de 30% da produção total da indústria de transformação de plásticos. Por conta disso, a expectativa é que a demanda brasileira de embalagens plásticas flexíveis siga a trajetória de crescimento registrada nos últimos anos, contemplando um movimento global.
Por fim, a ABIEF informou que a pesquisa abrange todos os tipos de embalagens plásticas flexíveis, além de sacolas e sacos plásticos e filmes utilizados no agronegócio, ou seja, um setor composto por 4.079 empresas, sendo que mais de 80% estão nas regiões Sul (1.166) e Sudeste (2.239) do país. (Fonte: www.abief.org.br)