As mudanças de comportamento impostas pela pandemia de Covid-19 foram ruins para quase toda a economia, mas positivas para alguns setores. Um exemplo ocorreu com o segmento de latas de alumínio para bebidas, que teve em 2021 o quinto crescimento anual consecutivo, com 5,2% mais vendas que em 2020.
Com o isolamento social aumentou o número de pedidos de entrega no país inteiro. Mais motos e bicicletas de delivery nas ruas precisavam de embalagens resistentes, que evitassem prejuízos a lojistas e consumidores. Daí o sucesso das latinhas, com faturamento de R$ 18,3 bilhões no ano passado e 33,4 bilhões de unidades consumidas.
Segundo a Abralatas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio), o consumo dessas latas subiu 80% em uma década, de 2011 a 2021.
“Tivemos um ano de crescimento no mercado de cervejas e nas plataformas de delivery, justamente o produto e o canal de vendas em que a lata se destaca pela segurança, praticidade e conveniência”, analisou o presidente-executivo da Abralatas, Cátilo Cândido.
A associação diz que existem no Brasil mais de 20 tipos de bebidas vendidas nessas embalagens. Entre as opções estão, além de cervejas, refrigerantes e sucos, cachaça, vinho, água e café.
O setor abriu cinco novas fábricas no país nos últimos três anos (são 24 no total) e são esperadas mais quatro unidades até o fim de 2023.
O Brasil é o terceiro maior mercado mundial de latas de alumínio para bebidas, atrás somente da China e dos Estados Unidos.
Em reciclagem, o país deixa para trás quase todos os concorrentes. Mesmo com o aumento do consumo, mais de 95% das latas brasileiras são reaproveitadas. Nos EUA, esse número está em 59%. Na Europa, são 67%. (Fonte: R7 Economia)