Divulgação Prefeitura de Curitiba/Paulo Zottino/IPCC

Mato Grosso do Sul cria título para remunerar catadores; veja como funciona

O estado do Mato Grosso do Sul agora conta com um sistema de logística reversa de embalagens em geral que inclui catadores de recicláveis. Por meio do decreto 16.089, o governador Eduardo Riedel instituiu o Recicla+MS: um título que vale dinheiro e será usado na comercialização de embalagens entre recicladores e entidades gestoras.

O Recicla+MS é um documento comprobatório que pode ser usado pelas entidades gestoras para fazerem a compensação no Sistema de Logística Reversa, do volume de embalagens recolhidas e destinadas à reciclagem pelos catadores.

“Resolve o problema da indústria, que precisa comprovar o envio à reciclagem de um determinado quantitativo de embalagens colocadas no mercado interno, e amplia a remuneração do agente de reciclagem, que são os catadores”, afirma Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação.

“Eles já vêm fazendo esse serviço de retornar à indústria parte significativa das embalagens, como é o caso das latinhas de alumínio que são praticamente todas recicladas. Agora, além do dinheiro que os catadores conseguem com a venda dessas embalagens, eles podem conseguir uma renda extra com a venda dos certificados de reciclagem”, explica Verruck.

Entre os objetivos do programa estão gerar renda aos catadores de recicláveis, o incentivo à reciclagem em toda a cadeia e a preservação do meio ambiente.

Logística reversa

O Sistema de Logística Reversa de Embalagens em Geral foi implantado no estado em 2018. Entre 2019 e 2020, de acordo com o governo estadual, mais de 47 mil toneladas de embalagens retornaram à indústria para serem reaproveitadas, impedindo que todo esse volume fosse depositado nos aterros sanitários.

Para se ter uma ideia da dimensão desse número, um caminhão de carga eixo duplo comporta cerca de 12 toneladas de resíduos prensados. Isso significa que, para transportar todo o volume de embalagens movimentado pela logística em dois anos, seriam necessários quatro mil caminhões.

 

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