Separar e descartar corretamente são duas ações que devem acontecer sempre em conjunto. Separar todos os resíduos dentro de casa, dispondo os materiais recicláveis em um coletor e os não recicláveis em outro, mas descartá-los todos juntos na coleta de lixo normal feita pela prefeitura, interrompe o processo da reciclagem. Isso porque a coleta domiciliar comum tem como base recolher os resíduos que descartamos e levá-los para os aterros sanitários. Por esse motivo, para essa coleta, devemos entregar apenas os resíduos não recicláveis.
Mas o que fazer com todos os itens recicláveis que separamos? Existem algumas alternativas.
A primeira delas, que está aos poucos crescendo em todo o País, é a coleta seletiva domiciliar, um trabalho executado também pelas prefeituras, no qual um caminhão de recicláveis passa em dias e horários predeterminados fazendo a coleta porta a porta. Esse caminhão distribui, então, os itens para as cooperativas, que darão sequência à triagem e comercialização dos materiais.
Mas nem todas as residências brasileiras estão cobertas por esse serviço. De acordo com a Pesquisa Ciclosoft, realizada pela MAPA.SA para o Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), 69,89% da população de Mato Grosso do Sul é atendida pela coleta seletiva. Quando não temos essa opção, ou seja, quando a prefeitura ainda não recolhe os recicláveis na porta da nossa casa, podemos levar todos esses itens que separamos diretamente aos Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) ou às cooperativas instaladas próximas às nossas residências. Assim, continuamos contribuindo para a sustentabilidade e a cadeia da reciclagem.
Uma dica interessante, para quem ainda não conta com a coleta seletiva domiciliar, mas quer separar e descartar corretamente, sabendo da importância ambiental dessa ação, é unir forças com os vizinhos e entrar em contato com a cooperativa de reciclagem que está mais perto, pois pode haver um acordo para que eles façam a retirada dos recicláveis em dias previamente combinados. Essa opção é bastante viável, principalmente, para quem mora em condomínios.
Por fim, o importante é lembrarmos sempre que também somos protagonistas na construção de uma cultura que preza pelo consumo consciente, pela destinação correta de todos os resíduos urbanos e que, para isso, devemos sempre separar e descartar corretamente.
*Este é um conteúdo produzido pelo Projeto “Resíduos Sólidos – Disposição Legal” realizado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (Caoma/Núcleo Ambiental), pelo Tribunal de Contas Estadual, pela Semagro do Governo do Estado e pela Uems. Este projeto visa buscar alternativas para a extinção dos lixões e implementação da Lei de Resíduos Sólidos no estado, em especial, desenvolvendo soluções consorciadas benéficas para toda a sociedade estadual.Ministério Público de Mato Grosso do Sul (Caoma/Núcleo Ambiental), pelo Tribunal de Contas Estadual, pela Semagro do Governo do Estado e pela Uems. Este projeto visa buscar alternativas para a extinção dos lixões e implementação da Lei de Resíduos Sólidos no estado, em especial, desenvolvendo soluções consorciadas benéficas para toda a sociedade estadual.