Reprodução/ EPTV

Projeto ajuda desempregados na pandemia a terem renda com recicláveis

Trabalhadores que ficaram desempregados durante a pandemia encontraram na reciclagem uma fonte de renda para sobreviver em Ribeirão Preto (SP). Por meio do projeto ‘Cata Sonho’, desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Prefeitura Municipal, eles recebem treinamento e desenvolvem a atividade.

Os coletores se reúnem em um barracão onde limpam, separam e depois vendem os materiais recicláveis, dividindo os lucros. No começo da pandemia, apenas três coletores faziam todo o trabalho. Hoje, já são 11.

Por mês, o ‘Cata Sonho’ separa e destina corretamente cerca de 12 toneladas de material reciclável.

A motorista Cibele Balieiro perdeu seu emprego na pandemia, mas por meio do projeto continua realizando seu sonho de concluir a graduação.

“Meu objetivo maior é pagar minha faculdade, mesmo porque eu estou no último ano, então eu precisava de uma renda. Para mim, está sendo um trabalho felicíssimo”, diz Cibele.

A coordenadora do projeto, Kelly Cristina da Silva, acredita que o ‘Cata Sonho’ ajuda as pessoas a enxergarem o mundo diferente. Ela ressalta que a coleta seletiva é importante para o meio ambiente.

“Tudo que você pensa que joga fora, está dentro da cidade, dentro do mundo, dentro do universo, então não existe jogar fora. Eu penso que o meio ambiente é a extensão da nossa casa […] então a gente precisa cuidar do meio ambiente como se fosse a coisa mais importante que a gente tem”, afirma Kelly.

Os coletores de recicláveis Valdemir Rodrigues e Zilma Araújo trabalhavam no comércio e ficaram desempregados na pandemia. Eles encontraram no projeto um meio de sustentar a família.

“A melhor maneira que eu observei de manter a minha casa, a minha família, pagar minha água, pagar minha luz, foi a reciclagem”, conta Rodrigues. Ele já tem um sonho para continuar no ramo: ter o próprio caminhão para conseguir coletar os recicláveis.

“Só de ter a comida em casa para os meus filhos vale qualquer coisa”, diz Zilma.

Quem quiser se inscrever no projeto pode entrar em contato pelo telefone (16) 99130-9717. (Fonte: G1 – Ribeirão e Franca)

Compartilhe!