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Quase 80% das empresas no Brasil têm práticas ESG em suas estratégias

O ESG vem ganhando cada vez mais força no mercado e, pensando nisso, o Pacto Global da ONU no Brasil, em parceria com a Stilingue e a consultoria Falconi, lançou o estudo ‘Como está a sua agenda ESG?’, que apontou o cenário da agenda ESG no país.

O levantamento feito com 190 organizações, da iniciativa privada, do setor público e do terceiro setor, apontou que 78,4% dos participantes responderam que já inseriram o ESG na elaboração das suas estratégias de negócio. A pesquisa foi realizada a partir de questionário e o monitoramento da temática nas redes sociais com social listening.

Um dos pontos levantados pela análise foi os motivos que levaram as empresas a adotarem a agenda. Segundo os dados apresentados, as motivações vêm da preocupação com os impactos ambientas e em se construir uma economia sustentável.

Apesar disso, o maior impacto efetivamente percebido por 70% das empresas que implementaram a agenda é em a reputação e imagem.  O fator menos apontado foram as exigências do consumidor.

Segundo a pesquisa, entre as empresas que não possuem práticas ESG, 67,4% relatam não ter sofrido impactos negativos por esse motivo. Além disso, 58% das empresas declararam que nunca ter recusado fornecedores e/ou parceiros utilizando este tipo de critério.

Entretanto, aponta o levantamento, esse cenário pode estar mudando uma vez que 8,9% relatam ter perdido negócios ou consumidores, 4,2% perderam valor de mercado e 3,7% tiveram dificuldade de acesso a linhas de financiamento. O impacto negativo mais perceptível, em 13,2% das empresas, foi o menor engajamento de funcionários e a dificuldade de atração de talentos.

De maneira geral, as organizações apontam que para conseguir avançar com a agenda ESG é necessário ter uma melhor estruturação das áreas de apoio para implementação, o que foi confirmado por 25,7% dos respondentes, maior capacitação dos profissionais nessa agenda (17,5%), o incremento de ações para conscientização das práticas ESG (17,5%) e maior apoio da liderança (15,3%).

Iniciativas

O estudo “desmembrou” a sigla ESG e apresentou as iniciativas das empresas para cada uma das letras. No pilar ambiental, contemplado pela letra E, as iniciativas se concentram no treinamento de colaboradores no tema e em ações como redução, reciclagem e destinação sustentável de resíduos.

Apesar disso, a pesquisa também mostrou que as iniciativas de redução de emissões de gases de efeito estufa se tornaram mais relevantes para empresas de todos os segmentos e portes, uma vez que 62,1% têm investido em tais iniciativas, sendo o tema mais trabalhado na Indústria, Infraestrutura, Comércio e Agronegócio.

O dado demonstra que, mesmo sendo iniciativas que exigem mais recursos, o tema é algo que está sendo exigido na maior parte dos negócios, seja por investidores, clientes, fornecedores ou mesmo pelo próprio impacto positivo que a organização deseja promover.

No pilar social, contemplado pela letra S, as iniciativas estão associadas a ações com as comunidades locais, que é o foco de 68,4% das empresas respondentes, temas como diversidade e inclusão (68,4%) e de saúde e bem-estar (67,9%).

Para o pilar de governança, representado pela letra G, a agenda se pauta mais fortemente em ter um Código de ética e comportamento (foco de 85,8% das organizações), trabalhar a cultura, valores e propósito (74,2%) e ter Políticas de Compliance (66,8%). (Fonte: PROPMARK)

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